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Tempestade vs. Oportunidade: as 5 Forças que vão redefinir o Solar FV no Brasil até 2030

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    Redação SNW.SOL
  • 21 de nov.
  • 3 min de leitura
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O mercado solar fotovoltaico brasileiro vive um momento de transição crítica em novembro de 2025. Avanços tecnológicos, tensões regulatórias e novos vetores de demanda estão redesenhando o jogo para integradores, investidores e consumidores.


A seguir, reunimos os 5 temas mais relevantes do momento — e o que algumas referências do setor estão falando à respeito.



Curtailment crescente


Os cortes na geração renovável — quando usinas solares são obrigadas a diminuir ou interromper a produção — viraram um gargalo importante. Segundo o ONS, em agosto de 2025 cerca de 20% da produção solar foi cortada (pv magazine International). Para Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR, “quase metade dos impactos econômicos não aparece nos dados oficiais” (pv magazine Brasil). Isso mina a confiança de novos investidores, que já temem riscos operacionais.



Regulação de armazenamento: como 'destravar' as baterias


O mercado de baterias (BESS) é visto como parte da solução para os cortes e para dar flexibilidade ao sistema. Mas falta regulação clara. Marcio Takata, CEO da Greener, afirma (pv magazine International):

“O Brasil tem um histórico bem-sucedido de estímulo a novas tecnologias por meio de leilões … mas com baterias, seguimos emperrados.”

Para Alexandre Viana, sócio da Envol, a Joint Technical Note nº 13/2025 da ANEEL é um passo, porém ainda insuficiente (pv magazine Brasil):

“Imagine um gerador solar: em vez de cortar geração no curtailment, poderia armazenar e injetar depois. Mas como não existe regra sobre quando e como isso pode ser feito, os investimentos de milhões ficam bloqueados.”


Sinais de desaceleração no crescimento


Após anos de expansão acelerada, o ritmo de adições solares parece dar uma leve freada. A ABSOLAR projeta para 2025 algo em torno de 13,2 GW de novas conexões (pv magazine Brasil). A desaceleração preocupa porque vem junto com entraves de rede (curtailment, conexão) que dificultam converter expectativas em projetos concretos.



Novas demandas “verdes” para dar utilidade à energia solar


O setor começa a apostar pesado em novas cargas para absorver a energia renovável: hidrogênio verde, data centers, consumidores no mercado livre. Segundo a ABSOLAR, esse movimento é estratégico para reduzir desperdícios e viabilizar mais geração (pv magazine Brasil). A integração entre solar + baterias + hidrogênio pode ser a combinação que dá escala e sustentabilidade ao modelo.



Pressões regulatórias e tarifárias sobre a geração distribuída (GD)


Com a expansão da GD (sistemas solares residenciais e comerciais), há riscos regulatórios: quem perde com as regras quer taxar mais a energia gerada ou cobrar pela rede. O presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, já alertou que “os cortes de geração e as negativas de conexão são barreiras que minam a atratividade da GD” (Canal Solar). Além disso, segundo consultores, a incerteza sobre tarifas e uso da rede pode frear novos investimentos.



Por que isso importa?

Esses temas são decisivos para definir se o Brasil vai consolidar a energia solar como base da transição energética ou se vai estagnar por falta de estrutura e regulação. Investidores, integradores, reguladores e consumidores estão todos na reta de largada para moldar os próximos anos.


KPIs recomendados para acompanhar (2026–2030):


  • Curtailment (%) por região e por projeto.

  • % da geração solar acoplada a BESS.

  • Tempo médio de conexão (dias) para novos projetos GD.

  • Capacidade de BESS instalada (MW/MWh) por ano.

  • ROI / payback médio dos projetos residenciais e comerciais (após inclusão de custos de rede).

  • Nº de leilões/ incentivos vinculados a armazenamento.



Entre 2026 e 2030 o mercado solar brasileiro deve sofrer uma transição de maturidade: expansão contínua da capacidade instalada, mas com desafios operacionais e regulatórios que exigem soluções tecnológicas e políticas. As baterias e a criação de "demand sinks" (hidrogênio verde, data centers, indústrias no mercado livre) serão o elemento diferenciador para reduzir perdas por curtailment e manter atraente o retorno sobre investimento


Quem entender e atuar nessas frentes hoje, provavelmente sairá na frente em 2026–2030.



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