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InterSolar 2025: um setor em transformação que exige criatividade, retrofit e visão estratégica

  • Foto do escritor: Leonardo Diniz
    Leonardo Diniz
  • 3 de set.
  • 3 min de leitura
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A edição deste ano da InterSolar trouxe à tona sinais claros de um setor em fase de reacomodação. A feira, que sempre serviu como termômetro para o mercado de energia solar, refletiu tanto a resiliência quanto os desafios que marcam o atual momento da cadeia fotovoltaica no Brasil.



Um público renovado e mais atento


Chamou a atenção a presença de um público mais interessado, qualificado e conhecedor das soluções. Ao mesmo tempo, foi notável a entrada de novos participantes: profissionais vindos de outras áreas, mas que enxergam oportunidades no setor solar e buscam seu espaço. Essa combinação indica que, apesar das turbulências, o mercado continua atraindo novas mentes e novos investimentos.



Ausência de estandes e o retrato de 2024


Outra percepção importante foi a falta de diversos estandes tradicionais. Vale lembrar que os espaços foram contratados em 2024, refletindo as decisões e dificuldades daquele ano. O retrato de 2025, portanto, só será visível na próxima edição, mas já é possível identificar um mercado em contração, principalmente na distribuição.



Distribuidores sob pressão


Entre todos os elos da cadeia, os distribuidores parecem ser os mais pressionados. Muitos estavam ausentes da feira, alguns por terem encerrado atividades, outros por opção estratégica. Esse cenário reforça a percepção de margens cada vez mais estreitas e um ambiente desafiador para esse modelo de negócio.



A pauta das baterias e grids flexíveis


Um dos temas mais falados foi o BESS (Battery Energy Storage Systems) e seus desdobramentos: grid zero, grids flexíveis, off grid completo. Porém, a distância entre o discurso e a prática ainda é grande. Embora as soluções estejam expostas, poucos players demonstram conhecimento técnico e capacidade real de implementação em projetos complexos de armazenamento.



Retrofit e Rapid Shutdown: segurança em foco


Outro ponto de destaque foi a disseminação de soluções de Retrofit, especialmente associadas ao Rapid Shutdown. Trata-se de um recurso essencial para aumentar a segurança em sistemas já instalados, permitindo a rápida desenergização dos módulos fotovoltaicos em caso de emergência ou manutenção. A ênfase nesse tipo de solução mostra que o mercado não olha apenas para o futuro, mas também para o passado instalado, valorizando a modernização e a adequação de sistemas existentes às novas normas e exigências de segurança.



Aposta em acessórios e criatividade técnica


Também houve destaque para empresas de acessórios que buscam um espaço no ecossistema solar. Isso abre um leque de oportunidades para criatividade, tanto técnica quanto comercial. O mercado dá sinais de que, mais do que nunca, será necessário inovar no desenho de soluções, na engenharia de projetos e na formatação de negócios para clientes finais.



Produtos nichados: a nova fronteira


Outro ponto promissor é a criação de produtos nichados para subsegmentos específicos. O setor agro, por exemplo, pode ser atendido com soluções direcionadas a irrigantes e outros perfis de produtores. Essa estratégia de personalização pode se tornar uma saída inteligente diante de um cenário competitivo.



Conclusão: um mercado desafiador, mas com esperança


A InterSolar 2025 mostrou um mercado mais enxuto, pressionado por margens, mas ainda esperançoso. A continuidade do crescimento dependerá da capacidade do setor em reinventar-se, seja pela criatividade técnica, pela inovação em modelos de negócio, pela modernização via retrofit ou pelo desenvolvimento de produtos sob medida para setores estratégicos.


Em resumo, o futuro da energia solar no Brasil passa por um período de ajustes, mas segue firme no caminho da relevância e da expansão.



Leonardo Diniz

Sócio Diretor | Diniz Curadoria de Negócios



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