25% na Taxa de importação e os novos desafios no Solar FV
- Léo Fornazieri

- 30 de jul.
- 3 min de leitura

O recente reajuste da tarifa de importação de painéis solares, inversores e outros componentes, de 9,6% para 25%, coloca fabricantes e revendas diante de um novo cenário: mais desafiador no curto prazo, mas com espaço para reposicionamento estratégico.
A medida, que visa proteger a indústria nacional e fomentar a produção local de equipamentos, é parte de um movimento maior do governo para fortalecer cadeias produtivas internas e equilibrar a balança comercial. No entanto, o impacto para quem atua com produtos importados é imediato: aumento de custos operacionais, ajuste de estoques e possível reprecificação de projetos em andamento.
Para fabricantes que atuam localmente, o cenário pode representar um ganho competitivo importante. Mas isso exige resposta rápida: ajuste de capacidade produtiva, revisão de linhas de montagem, qualificação de fornecedores e, sobretudo, garantia de qualidade. O cliente final está mais exigente, e migrar de marcas internacionais consolidadas exige confiança e desempenho comprovado.
Já para revendas e distribuidores, é hora de recalibrar portfólios e buscar novas parcerias — tanto com fornecedores locais quanto com integradores que possam absorver os impactos com soluções integradas e de maior valor agregado. O risco de desaceleração no volume de vendas existe, mas há espaço para inovação comercial: financiamentos, combos com estrutura nacionalizada, kits otimizados por faixa de consumo, entre outras estratégias.
Nos bastidores do setor, a discussão é clara: como equilibrar soberania industrial com competitividade de mercado? A resposta passa por planejamento, reposicionamento de marca e diálogo com toda a cadeia — do fabricante ao consumidor final.
E agora, integrador?
Se você trabalha com venda e instalação de sistemas solares, já deve ter ouvido: o governo aumentou de 9,6% para 25% a tarifa de importação de painéis, inversores e outros equipamentos. A medida tem como objetivo incentivar a indústria nacional, mas, na prática, impacta direto o seu negócio — especialmente se você trabalha com marcas importadas.
O que muda?
O aumento da tarifa já está afetando o custo dos kits, especialmente os produtos que vêm da China. Isso pode representar até 15% de reajuste no valor final do sistema nos próximos meses. Projetos orçados com base em equipamentos importados precisam ser revisados, e os estoques vão ganhar ainda mais valor.
Como se posicionar?
Esse é o momento de ser estratégico:
Reforce seu relacionamento com distribuidores confiáveis;
Avalie alternativas de equipamentos com fabricação nacional (desde que tenham qualidade);
Atualize tabelas, revise orçamentos e deixe claro para o cliente o que está mudando e por quê.
Nada de sair empurrando equipamento ruim só porque é "nacionalizado". O cliente continua exigente e quer desempenho, garantia e economia. Então, o desafio agora é mostrar valor na sua proposta, e não só preço baixo.
Existe oportunidade nisso tudo?
Sim! O integrador que se comunicar bem, que souber explicar o cenário para o cliente e que oferecer soluções inteligentes (kits otimizados, financiamento, pós-venda eficiente), vai se destacar.
Mais do que nunca, o cliente precisa de um profissional que saiba o que está fazendo. E isso passa por informação, transparência e parceria.
Enquanto o mercado se ajusta, você pode ser o elo de confiança entre o cliente final e a nova realidade do setor. Neste momento, o papel das empresas não é apenas sobreviver à mudança, mas liderar a adaptação. Quem se posicionar agora como parceiro estratégico e confiável terá vantagem quando o mercado estabilizar.
Léo Fornazieri
Empresário | Grupo SNW (🎯SOLZAP | ☀SNW.SOL | 🤖SNW.TECH | 😈TRETASOLAR | 🔍SOBRASOLAR | 👥RENOVAGAS )






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