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Publicidade negativa existe?

  • Foto do escritor: Léo Fornazieri
    Léo Fornazieri
  • 1 de abr.
  • 3 min de leitura
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No mundo dos negócios, a velha máxima “falem bem ou falem mal, mas falem de mim” pode até funcionar para celebridades e políticos, mas no setor de energia renovável – e especialmente na fotovoltaica – publicidade negativa pode ser fatal. Aqui, um deslize não gera curiosidade, gera desconfiança e prejuízo.


Tem dúvidas? Experimenta atrasar um projeto, uma entrega de equipamento ou demorar a atender um cliente.



Quando um erro custa milhões


Pense em grandes marcas que já vacilaram. O desastre ambiental de Mariana (Samarco) gerou um prejuízo estimado em R$ 155 bilhões em reparações e perda de credibilidade. No mundo corporativo, a Oi tentou uma expansão agressiva, mas acabou pedindo recuperação judicial com uma dívida superior a R$ 65 bilhões, se tornando um exemplo de má gestão no Brasil.


Agora, trazendo para o setor de energia solar: o que acontece quando uma empresa promete módulos fotovoltaicos ultra eficientes e depois entrega produtos que degradam mais rápido que o esperado? Nos últimos anos, algumas fabricantes chinesas enfrentaram recalls e perderam contratos milionários porque os painéis não entregavam o desempenho prometido. Em 2022, um estudo apontou que até 10% dos módulos de algumas marcas chinesas perderam 20% da potência em menos de cinco anos, enquanto o esperado era menos de 0,7% ao ano. Resultado? Mercado retraído e clientes insatisfeitos.


No Brasil, a desconfiança também pode gerar prejuízos gigantescos. De acordo com a ABSOLAR, o setor de energia solar movimentou cerca de R$ 32 bilhões em investimentos só em 2023. Agora, imagine uma empresa que entra nesse mercado e, por má gestão ou problemas técnicos, recebe uma enxurrada de reclamações. O prejuízo pode vir não apenas pela perda de clientes, mas também pela dificuldade de atrair investidores, que buscam segurança e estabilidade.



O impacto real para instaladores e integradores


Vamos trazer para a realidade de quem está na linha de frente: o instalador. Se uma empresa promete um sistema “chave na mão”, mas some no pós-venda, qual o impacto? No Brasil, 93% dos consumidores levam em conta avaliações online antes de contratar um serviço, e 91% confiam tanto em avaliações online quanto em recomendações pessoais. Ou seja, um cliente insatisfeito pode significar dezenas de novos negócios perdidos.


Outro dado interessante: um estudo da PwC mostra que 32% dos consumidores deixam de comprar de uma empresa após uma única experiência ruim, e no setor de energia solar, onde o ticket médio de um projeto residencial gira entre R$ 15 mil e R$ 40 mil, perder um cliente pode significar um rombo gigantesco no faturamento anual.



Como evitar publicidade negativa?


Se tem uma coisa que vale a pena investir, é no boca a boca positivo. Alguns caminhos para garantir uma reputação impecável:


Pós-venda eficiente

Clientes querem suporte. Empresas que oferecem garantia sólida e atendimento rápido têm 60% mais chance de reter clientes.


Entrega no prazo

Um atraso de 30 dias pode aumentar em 28% a chance do cliente cancelar o contrato ou buscar outra empresa.


Comunicação transparente: Se houver um problema, o pior erro é sumir. Empresas que lidam bem com crises têm 45% menos impacto financeiro a longo prazo.



Ou seja: no setor fotovoltaico, publicidade negativa não atrai curiosos ... ela afasta investidores.

Quem está comprando um sistema solar não quer emoção, quer segurança. O retorno financeiro depende da confiabilidade dos equipamentos e do serviço prestado. Uma única falha pode queimar a reputação de uma empresa inteira.


Porque a única publicidade ruim que pode ser boa… é a que não existe.


Léo Fornazieri

Empresário |  CEO da 🎯SOLZAP e do Grupo SNW




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