Top 5 tendências de investimentos em renováveis para 2025
- Léo Fornazieri

- 30 de out. de 2024
- 4 min de leitura

Tem muitas frentes interessantes nesta lista, e confesso que quando resolvi escrever sobre, davam mais de 10 temas. Mas desta vez, resolvi "dar uma resumida". E ela surgiu com base em tudo que vimos nas principais feiras, eventos e conversas com gente que domina o assunto neste setor, ao longo desse ano de 2024 até aqui.
"Mas Léo, mais uma lista?" SIM.
Motivo? Creio que ela serve, principalmente, para quem quer "fazer uma grana" com as energias renováveis em 2025 e, mediante tudo que está rolando, encontra-se perdido. Afinal, você já sabe o que vai bombar no ano que vem?
E para não ficar só nos "achismos", ilustrei cada tema com alguns casos reais pelo mundo, referências globais e, claro, procurei "tropicalizar" estes exemplos, evidenciando que também já tem muitas evidências destas tendências rolando por aqui - mas é bom lembrar que essa lista é minha única e exclusiva opinião.
Então se liga nestes 5 temas, e boa leitura (e comente, e compartilhe!).
1. Expansão de usinas fotovoltaicas de grande porte

A incidência de usinas fv de grande porte estão se espalhando rápido no Brasil, especialmente nos últimos 18 meses, pois este apelo é cada vez mais evidente e "palatável" ao investidor que busca boas margens de retorno. Em 2023, o país chegou ao top 10 mundial em capacidade instalada de energia solar, e a tendência é continuar subindo com projetos de alta escala.
De olho nisso, os maiores parques (e também os projetos de grande porte) estão nas mãos de empresas como a Ômega Energia e a Atlas Renewable, que investem pesado em suas operações. Lá fora, exemplos como a usina Bhadla Solar Park, na Índia, mostram que há espaço para um crescimento contínuo.
É importante lembrar que grandes usinas requerem capital inicial alto e demanda por terrenos vastos, o que pode gerar dificuldades logísticas e de licenciamento ambiental, além da O&M ser o gargalo desses projetos.
2. Hidrogênio verde como uma nova fronteira

O hidrogênio verde ganhou destaque mundial como fonte limpa e versátil, e o Brasil está bem posicionado graças à abundância de energia solar e eólica para produzi-lo. A expectativa é que, até 2025, novas plantas de produção em estados como Ceará e Pernambuco estejam em operação, com exportação como um foco estratégico.
Países como Alemanha e Japão já usam o hidrogênio verde para diversificar suas matrizes energéticas e o consideram essencial para o futuro.
Ponto de atenção: o processo de produção ainda é caro e requer investimentos tecnológicos, além de uma infraestrutura de transporte complexa para ser escalável.
3. Armazenamento de energia com baterias e sistemas híbridos

Com a expansão das fontes intermitentes, como solar e eólica, o armazenamento de energia está cada vez mais em alta. No Brasil, grandes players como a Enel e Neoenergia começaram a testar sistemas de baterias em larga escala. E exemplos como a Tesla nos EUA e seus megapacks mostram que o armazenamento é um dos caminhos para estabilizar a oferta e evitar perdas.
O maior ponto de atenção é que o custo das baterias ainda é elevado, e a tecnologia das atuais baterias de lítio têm uma vida útil limitada, gerando questões sobre a gestão de resíduos - assunto que ainda não se demonstra tão operacional como se imagina.
4. Bioenergia com uso de resíduos agrícolas

A bioenergia continua a ser uma opção promissora, especialmente com o uso de resíduos agrícolas e industriais para gerar energia. O Brasil tem um grande potencial nessa área, graças à sua vasta produção agrícola.
Apesar dos benefícios, ainda há desafios a serem mitigados como o impacto ambiental das monoculturas, principalmente cana-de-açúcar e soja. Outro ponto é a logística de coleta e transporte dos resíduos.
Porém, a bioenergia continua a ser uma solução relevante para a diversificação energética no Brasil. Com investimentos em tecnologias que minimizem o impacto ambiental e otimizem a logística, ela pode se tornar uma peça chave no cenário de energia renovável do país.
Como parte de um portfólio diversificado, a bioenergia não só contribui para a sustentabilidade, mas também amplia a segurança energética do Brasil em 2025 e além. Casos como o Projeto Bioenergético de São Paulo, que utiliza resíduos de cana-de-açúcar, mostram como essa tecnologia pode ser implementada de forma sustentável.
5. Energia eólica offshore

A energia eólica em alto-mar ainda é novidade por aqui, mas os ventos favoráveis na costa nordeste do Brasil mostram potencial. Em países como Reino Unido e Dinamarca, essa modalidade já gera empregos e receita em massa. Por aqui, o estado do Ceará começou a projetar parques offshore, enquanto gigantes como Equinor e Iberdrola têm planos para investir na área em breve.
Como ponto de atenção, vale citar os altos custos iniciais e os desafios tecnológicos de infraestrutura no mar, que ainda tornam a energia eólica offshore um desafio para o Brasil.
Lição de casa: É hora de investir!
Trouxe aqui para vocês o que há de mais quente para se investir nas energias renováveis no Brasil. Agora, compartilhe essa lista com o seu analista de risco, com o seu gerente de projetos, com teus parceiros de investimento, compilem dados, planilhem, montem seus planos de viabilidade. Divirtam-se!
Cada tendência vem com desafios, mas a verdade é que o futuro está verde (e rentável!) para quem souber apostar certo. Com tecnologia avançando e investimentos se consolidando, é o momento ideal para quem quer ver retorno a médio e longo prazo.
Léo Fornazieri
Empresário | CEO da 🎯SOLZAP e do Grupo SNW






Excelente conteúdo. Parabéns