Da boca para fora
- Daniel Lima

- 1 de jul. de 2024
- 1 min de leitura

A negligência com a agenda climática no setor energético fica explícita no Brasil. Entre 2018 e 2023 foram oferecidos cinco vezes mais subsídios às fontes fósseis do que às fontes renováveis.
Os investimentos públicos previstos para o período de 2024 a 2027, conforme proposta enviada ao Congresso, considerou ao Programa Transição Energética apenas 0,2% dos valores alocados para o Programa Petróleo, Gás, Derivados e Biocombustíveis.
Efetivamente a transição energética brasileira está sendo bancada com investimentos privados. Só as famílias brasileiras investiram mais de 60 bilhões em geração própria de energia limpa (100% solar) nos últimos 5 anos.
Parece que os efeitos das catástrofes climáticas não estão sendo suficientes para sensibilizar os governantes para a causa climática.

Para mim é claro, continuar investindo em fontes fósseis de energia, é o mesmo que apostar no caos.
Alguns defendem esses investimentos com a seguinte justificativa: "se todos estão explorando, porque nós também não devemos explorar". Teria certo sentido se os efeitos dos fenômenos extremos do clima não fossem tão devastadores e custosos.
Ganha 1 com a venda de petróleo e gasta 10 com a reconstrução de regiões inteiras. Para mim não faz sentido.
É bom lembrar que os prejuízos não são só materiais. Vidas estão sendo perdidas e famílias estão sendo destruídas, fica a pergunta.
Quem arcará com esta conta?
Daniel Lima
Presidente | Associação Nordestina de Energia Solar - ANESOLAR






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