A transição energética está sendo bancada pelas famílias
- Daniel Lima

- 7 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jun. de 2024

A transição energética está remodelando a forma como as decisões de investimento em energia são tomadas e por quem. No geral, a maioria dos investimentos no setor de energia é feita por empresas. No entanto, a participação do total de investimentos em energia feitos ou decididos por famílias privadas dobrou de 2015 para 2024, graças ao crescimento combinado de instalações solares em telhados (geração distribuída), investimentos em eficiência de edifícios e compras de veículos elétricos.

Na média mundial, as famílias contribuíram com mais de 40% do aumento do investimento em gastos com energia limpa desde 2016 – de longe a maior fatia.
No Brasil, considerando apenas os investimentos em micro e minigeração distribuída “residencial”, de 2015 para 2024, foram investidos mais de R$ 60 bilhões, representando de longe o maior crescimento dos investimentos em energia no país, diga-se de passagem, totalmente limpa.
A realidade, é que 3/4 dos investimentos globais em energia hoje são financiados por fontes privadas e comerciais, e cerca de 24% por finanças públicas e apenas 1% por instituições financeiras de desenvolvimento nacionais e internacionais.
Outras opções de financiamento para a transição energética têm enfrentado desafios. Em 2023, as emissões de dívida sustentável ficaram 25% abaixo do pico de 2021. O sentimento do mercado para finanças sustentáveis está oscilando, com os fluxos para fundos ESG diminuindo em 2023, devido a potenciais retornos mais altos em outros investimentos.
Quem está investindo mais em energia limpa?
Vários países e empresas estão aumentando seus investimentos em energia limpa, mas algumas nações se destacam. A China tem sido um líder significativo em investimentos em energia limpa, especialmente em energia solar e eólica. Os Estados Unidos e a União Europeia também tem feito grandes investimentos e têm metas ambiciosas para reduzir as emissões de carbono.

Não podemos deixar de destacar a Índia que impulsionada pelo contingente populacional, quase que dobrou os investimentos em energia limpa.
Parece até que para o mercado a transição energética pouco importa. O bolso está prevalecendo mais do que o coração (vida) e a mente (razão).
Será que apostam no caos?
Daniel Lima
Presidente | Associação Nordestina de Energia Solar - ANESOLAR





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