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Brasil Alinhado com os EUA no Combate à Energia Solar

  • Foto do escritor: Daniel Lima
    Daniel Lima
  • 22 de abr.
  • 2 min de leitura
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No final de 2024, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) surpreendeu ao elevar o imposto de importação sobre painéis solares de 9,6% para 25%. A justificativa? Incentivar a produção local e reduzir a dependência externa. Mas a realidade não acompanha o discurso oficial. Em vez de fortalecer a indústria nacional, a medida estrangulou o setor, desacelerou a expansão da energia solar e aumentou os custos para consumidores e empresas.


O MDIC alegou que essa decisão ajudaria a diversificar a matriz energética e estimular a economia com a geração de 21 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, além de atrair R$ 1,6 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Nada disso aconteceu. Pelo contrário, o mercado de energia solar enfrenta uma crise sem precedentes, afetando investimentos, empresas e empregos no setor.


Agora, em um movimento ainda mais agressivo, o governo planeja um novo aumento nas tarifas de importação, sob o pretexto de fortalecer a indústria nacional. O argumento, porém, desmorona diante dos fatos: o que realmente está em jogo é a ampliação da arrecadação tributária à custa da transição energética.


O mais alarmante é a sincronia desse ataque com ações similares nos EUA, onde o governo também elevou tarifas sobre componentes solares, dificultando a expansão de fontes limpas. Lá, a guerra contra as renováveis é declarada, conduzida por lobbies da indústria fóssil. No Brasil, o ataque se disfarça de política industrial, mas os efeitos são os mesmos—desacelerar o avanço da energia solar e sabotar a evolução energética.


Diante desse cenário, fica claro que a política energética do Brasil não está alinhada com um futuro sustentável, mas sim com interesses de curto prazo. O impacto dessas decisões vai muito além da economia: ele compromete a transição energética e impede o país de se posicionar como líder na transição para as energias renováveis.


A verdadeira questão não é sobre proteção industrial, mas sobre escolhas políticas que priorizam arrecadação e manutenção de modelos ultrapassados em detrimento do futuro energético do país. Se o Brasil continuar nesse caminho, perderemos tempo, inovação e competitividade.


Fica o questionamento, será que alguns no governo querem esvaziar o discurso ou sabotar a COP30 que será realizada no Brasil em 2026?


Daniel Lima 

Empresário | Diretor Executivo da AGROSOLAR Investimentos Sustentáveis

Presidente | ANESOLAR (Associação Nordestina de Energia Solar)

Vice-Presidente | ARMAZENE (Associação Brasileira de Armazenamento de Energia)



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