Adaptação e resiliência no campo: os impactos transformadores da Geração Distribuída
- Daniel Lima

- 15 de set.
- 2 min de leitura

No coração do Brasil rural, uma revolução silenciosa está em curso. O estado do Paraná acaba de atingir a marca de 1 gigawatt (GW) de geração distribuída no meio rural — um feito que não apenas simboliza inovação, mas também representa um novo capítulo de resiliência, sustentabilidade e autonomia energética para milhares de produtores.
RenovaPR: Energia que Transforma
Mais de 86% dessa potência instalada vem do programa RenovaPR, iniciativa do governo estadual que financia sistemas de energia solar e biodigestão. Com mais de R$ 5,8 bilhões em financiamentos, o programa já beneficia cerca de 40 mil estabelecimentos rurais, permitindo que os agricultores utilizem a economia gerada na conta de luz para quitar as parcelas dos sistemas instalados, e ainda sobra dinheiro.
Pequenos produtores podem contar com isenção de juros, médios e grandes produtores têm acesso a taxas abaixo do mercado e mais de 725 empresas estão cadastradas para atender à crescente demanda por soluções energéticas.
Sustentabilidade que Alimenta
A geração distribuída no campo não é apenas uma questão de energia — é uma questão de adaptação climática, produção de alimentos, geração de renda e economia. Ao reduzir os custos de produção, os agricultores conseguem oferecer alimentos mais baratos e saudáveis à população. Além disso, a adoção de fontes limpas contribui para a redução das emissões de carbono, fortalecendo o compromisso ambiental do agronegócio.
O Papel Estratégico das Políticas Públicas
O caso do Paraná mostra que governos têm o poder de catalisar mudanças estruturais. Ao investir em geração distribuída no meio rural, o estado promove:
Independência energética no campo
Redução de custos operacionais
Geração de renda extra
Aproveitamento de espaços ociosos, valorizando a propriedade
Estímulo à inovação e à sustentabilidade
Fortalecimento da cadeia produtiva local
Um Modelo para o Brasil
O sucesso do RenovaPR serve como modelo replicável para outros estados brasileiros. Em tempos de transição energética e desafios climáticos, iniciativas como essa provam que é possível conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental — e que o campo pode ser protagonista dessa transformação.
Daniel Lima
Empresário | Diretor Executivo da AGROSOLAR Investimentos Sustentáveis
Presidente | ANESOLAR (Associação Nordestina de Energia Solar)
Vice-Presidente | ARMAZENE (Associação Brasileira de Armazenamento de Energia)






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