“NOVA GARANTIA” no mercado solar fv divide opiniões: afinal, como proceder ?
- Redação SNW.SOL

- 23 de jul.
- 4 min de leitura

A partir de 1º de setembro de 2025, alguns fabricantes e distribuidores oficiais de equipamento solar fotovoltaico que atuam no Brasil com fornecimento de inversores, microinversores e painéis solares, anunciaram em 22/07/2025, via redes sociais e canais oficiais, que a garantia de seus equipamentos será ajustada de até 10 anos para apenas 1 ano, conforme previsto pela legislação brasileira. Essa regra garantiria apenas o prazo mínimo legal, ignorando os prazos contratuais mais extensos oferecidos anteriormente.
Na prática: o que mudaria?
Antes, muitos inversores vinham com garantia contratual de até 10 anos, por meio de programas próprios ou extensões gratuitas condicionadas ao registro ou associação ao fabricante.
Com a nova proposta, a validade máxima de garantia contratual passaria para uma vigência de 1 ano, a despeito de programas promocionais e campanhas que possam ofertar coberturas mais longas.
Garantia estendida via distribuidores: uma alternativa emergente
Com o anúncio da redução da cobertura por parte dos fabricantes, alguns distribuidores passariam a oferecer programas de garantia estendida de forma opcional, mediante pagamento ou condições específicas de aquisição.
Essa medida visa manter a confiança do integrador e do cliente final, garantindo mais segurança na operação pós-venda.
Como funcionam essas garantias estendidas?
Podem estender o prazo de 1 ano para até 5 ou 10 anos, dependendo do modelo e do fabricante.
São geridas pelo próprio distribuidor, que assume a responsabilidade do atendimento após o término da garantia legal.
Algumas exigem registro do produto, contratação de plano adicional ou instalação por técnico homologado.
Essa alternativa representa uma forma estratégica de preencher "o vácuo" que seria deixado pelos fabricantes e manter a competitividade nos projetos.
Possíveis Impactos no mercado
Vantagens
Alinhamento regulatório: A garantia passaria a obedecer rigorosamente o que exige o Código de Defesa do Consumidor — o instalador/integrador teria clareza do patamar legal mínimo.
Uniformização dos contratos: Facilitaria homologações, já que todos os produtos teriam o mesmo escopo contratual, evitando divergências entre fabricantes.
Desvantagens
Prejuízo na confiança e valor agregado: Uma garantia prolongada — especialmente de 5–10 anos — era um diferencial de mercado, que passaria a não existir.
Risco de custos com assistência técnica: Após 12 meses, qualquer problema seria cobrado integralmente, elevando o custo direto para o cliente ou instalador.
Competitividade reduzida: Fabricantes que antes se destacavam por coberturas diferenciadas perderiam vantagem, homogenizando o mercado.
O que cada "AGENTE DA CADEIA SOLAR FV" poderia fazer, neste novo cenário?
Instaladores:
Negociar serviços: Avaliar se vale a pena oferecer suporte pago pós-garantia legal.
Transparência com o cliente: Informar de forma clara o prazo de cobertura e possíveis custos futuros.
Parcerias estratégicas: Buscar fornecedores ou distribuidores que ainda ofereçam extensões ou planos de manutenção confiáveis.
Integradores:
Revisar contratos e propostas: Atualizar orçamentos para refletir possíveis custos pós-1 ano.
Upsell de serviços: Transformar o risco do cliente em oportunidade, oferecendo contratos de manutenção com monitoramento e suporte estendido.
Analise de risco de fornecedores: Escolher marcas que possuam estrutura local para atendimento e evitem abandono pós-venda.
Cliente final:
Conscientização do prazo legal: Saber que a garantia mínima é de 12 meses apenas.
Planejar manutenções preventivas: Garantir que o sistema seja revisado antes do fim da cobertura.
Negociar com instalador: Incluir planos de manutenção ou seguro para evitar surpresas no futuro.
Melhores práticas e oportunidades ao mercado
Além dos pontos acima, é importante frisar que qualquer mudança requer adaptação de toda a cadeia, e que independentemente do cenário à curto prazo, há 5 lições a serem reforçadas:
Ofereça pacotes de suporte técnico pós-garantia
Ideal para evitar diminuição de receita e fidelizar clientes.
Negocie com fabricantes/distribuidores planos de extensão
Embora o prazo legal seja 1 ano, programas corporativos ou regionais ainda podem compensar.
Crie contratos transparentes
Especifique responsabilidades, responsabilidades e custos após o 12º mês.
Invista em monitoramento remoto
Softwares de acompanhamento permitem detectar falhas antes que virem prejuízo, reduzindo custos de manutenção.
Eduque o mercado
Posicione-se como especialista ao explicar as alterações e oferecer soluções que evitam riscos.
Afinal, dá para lucrar mais com isso?
Na nossa análise inicial, sim. Acompanhe abaixo e saiba como se beneficiar com isso:
Modelos de negócios com serviços: Ofertar Planos de assinatura anual para suporte técnico, monitoramento e revisões.
Soluções financeiras: Oferecer opções que incluam a cobertura de eventuais manutenções pós-garantia no custo do sistema.
Diferenciação pela qualidade: Integradores que mantêm padrões elevados de instalação com serviços contínuos saem na frente. E atualmente, já há diversos distribuidores e fabricantes com rotinas de treinamento presenciais e online que já se utilizam desta prática - inclusive, com certificações.
Conclusão
Qualquer redução da garantia dos equipamentos fotovoltaicos para 1 ano a partir de 1º de setembro de 2025 seria embasada na legislação atual, mas representa uma mudança significativa para todo o setor fotovoltaico:
Perda de vantagem competitiva para fabricantes que antes ofereciam garantia prolongada.
Necessidade imediata de adaptação para instaladores e integradores, com revisão de contratos, oferta de novos serviços e foco na transparência na relação com o cliente final.
Oportunidade de negócios para quem investir em manutenção, contratos de serviços e soluções de monitoramento.
NOTA: Esse artigo foi preparado com base em depoimentos de agentes do setor e em enquetes dos participantes da SOLZAP, realizadas entre os dias 22 e 23 de julho de 2025.






fabricante e distribuidores que continuarem com a garantias longas terao vantagens nas vendas. kit solar nao é consumível com celular, é uma equipamento de alto valor agregado. muitos distribuidores que inventaram isso vao sofrer com a rdução das vendas.