5 Estratégias (e os alertas!) para quem ainda quer entrar no mercado fv brasileiro
- Redação SNW.SOL

- 19 de set.
- 2 min de leitura

O setor solar fotovoltaico é um dos mais dinâmicos da matriz elétrica brasileira, mas engana-se quem pensa que é um “oceano azul” livre de riscos. A expansão de microgeração e usinas centralizadas vem atraindo investidores e empreendedores, porém especialistas do setor alertam: sem preparo técnico, capital de giro e leitura regulatória, o caminho pode ser caro e frustrante.
A equipe da SNW.SOL preparou um "guia rápido" sobre os 5 principais aspectos que o empreendedor deve se atentar ao avaliar sua entrada neste mercado atualmente.
Acompanhe aqui:
1. Modelo de negócio: especialização ou soluções completas
Geração compartilhada / assinatura: startups como a Nextron atraem clientes que não têm telhado próprio, oferecendo economia imediata.
Integração com financiamento: empresas como a Solfácil mostram que criar ecossistema de integradores e acesso a crédito é chave.
Alerta: integradores experientes lembram que margens caíram nos últimos anos e a competição é alta. “Quem entra achando que é só vender placa e instalar perde dinheiro rápido”, diz Thiago Silvano, CEO da SolarZ. Profissionais recomendam ter equipe técnica treinada, engenharia própria ou parceiros confiáveis antes de vender o primeiro sistema.
2. Regulação e ambiente legal
A Lei 14.300/22 trouxe previsibilidade, mas MPs recentes (ex.: MP 1.300) acenderam o alerta: tarifas adicionais podem alongar payback e afetar contratos assinados.
Alerta: quem entra no setor precisa estar preparado para revisões de regra. Instalações sem cláusulas contratuais que protejam contra mudanças regulatórias podem gerar passivos e brigas judiciais.
3. Cadeia de suprimentos e engenharia
Módulos e inversores: dependência de importados expõe o negócio à volatilidade cambial e atrasos logísticos.
Trackers e usinas de solo: aumentam produtividade, mas exigem projeto de fundação e ART de engenharia bem executada.
Alerta: erros de projeto ou uso de equipamentos de baixa qualidade reduzem performance e podem causar perdas financeiras por anos. Integradores relatam que clientes estão cada vez mais exigentes e processam empresas que entregam abaixo do esperado.
4. Financiamento e fluxo de caixa
Casos como o da Órigo Energia e da Sun Mobi mostram que captação robusta e contratos de longo prazo são vitais.
Alerta: empreendedores subestimam a necessidade de capital de giro. Há relatos de empresas que quebraram por vender sistemas a prazo e não conseguir repor estoque, especialmente em momentos de alta do dólar.
5. Expectativas do mercado
Embora o setor seja promissor, há quem defenda moderação no otimismo. O relatório da BloombergNEF alerta que a queda global de preços pode desacelerar à medida que fabricantes ajustam capacidade. Além disso, gargalos de conexão na rede (ONS) podem atrasar projetos prontos.
Alerta: planejar apenas com base no preço atual de módulos e payback “de planilha” é perigoso — qualquer variação cambial ou de tarifa pode transformar um bom negócio em prejuízo.
Crescimento ... com responsabilidade?
Entrar no mercado solar brasileiro exige muito mais do que capital e entusiasmo. É preciso:
Planejamento financeiro sólido (cobrir flutuação cambial e atrasos de pagamento);
Compliance regulatório e acompanhamento de mudanças legais;
Equipe qualificada e compromisso com segurança e qualidade técnica;
Portfólio de fornecedores diversificado para evitar dependência de um único elo.
O mercado solar é promissor, mas não perdoa "amadores”. A oportunidade existe, mas só prospera quem entrega valor com consistência, conhece riscos e constrói relações de longo prazo com clientes, fornecedores e reguladores.






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